“Ele sofreu e foi enterrado. E ressuscitou …” Depois da cruz, da descida à morte, houve a ressurreição dos mortos: a confirmação principal, fundamental e decisiva do Símbolo da Fé, uma confirmação do próprio coração do Cristianismo. De facto, “se Cristo não ressuscitou, então a vossa fé é vã”. Essas foram as palavras do Apóstolo Paulo, as quais permanecem fundamentais para o Cristianismo até hoje. O Cristianismo é uma crença, em primeiro lugar e acima de tudo, no facto de que Cristo não permaneceu na sepultura, que a vida brilhou da morte e que, na Ressurreição de Cristo de entre os mortos, a absoluta e abrangente lei da morte, que não tolerava exceções, foi, de alguma forma, dilacerada e superada.
A Eucaristia é a Igreja que entra na alegria de Seu Mestre. Entrar nesta alegria e ser dela testemunho neste mundo é, na verdade, o próprio apelo dirigido à Igreja, sua leitourgia essencial, o sacramento pelo qual “ela torna-se o quê realmente é”.
A melhor maneira de compreender a Liturgia eucarística é olhá-la como uma estrada ou uma procissão. É a estrada onde a Igreja entra na dimensão do Reino. Empregamos esta palavra “dimensão” porque parece ser a melhor para indicar a maneira de nossa entrada sacramenta na vida ressuscitada de Cristo.
Nossa entrada na presença de Cristo é uma entrada numa quarta dimensão que nos permite pressentir a realidade última da vida. Não é uma evasão do mundo. Antes a chegada ao ponto privilegiado de onde nossa vista pode se imergir mais profundamente na realidade do mundo.