Muitos leitores nunca ouviram que não existe progresso moral – por isso, não me surpreende que tenham pedido para escrever com mais profundidade sobre o assunto. Começarei focalizando a questão do pecado em si. Se entendermos corretamente a natureza do pecado e seu verdadeiro caráter, a noção de progresso moral será vista com mais clareza. Começarei esclarecendo a diferença entre a noção de moralidade e a compreensão teológica do pecado. Esses são dois mundos muito diferentes. Moralidade (como eu uso a palavra) é um termo amplo que geralmente descreve a adesão (ou falta de adesão) a um conjunto de padrões ou normas de comportamento. Nesse entendimento, todo mundo pratica alguma forma de moralidade. Um ateu pode não acreditar em Deus, mas ainda assim terá um senso internalizado de certo ou errado, bem como um conjunto de expectativas para si mesmo e para os outros. Nunca houve um conjunto universalmente aceito de padrões morais. Pessoas diferentes, culturas diferentes têm uma variedade de compreensões morais e formas de discutir o que significa ser “moral”.