Desde a manhã da Ressurreição, os séculos passaram como um relâmpago. Impérios e civilizações inteiras surgiram e desapareceram; revoluções militares, convulsões sociais e políticas mudaram a própria ordem mundial. Mas aquela pequena comunidade de pescadores fundada pelo judeu Jesus, da aldeia de Nazaré, a sua Igreja, permanece de pé até hoje, como um rochedo firme no meio de um mar em contínuo movimento.
E aquele Credo (professado nos primeiros dias por poucas dezenas de pessoas e que hoje move mil milhões de habitantes do nosso Planeta, os quais falam as mais variadas línguas) deu origem a inumeráveis formas de cultura.
Quando o anúncio do Evangelho soprou, como uma suave brisa, no decadente mundo antigo, trouxe a esperança aos degradados e aos desesperados, dando-lhes um novo alento e uma nova vida. O Cristianismo fundiu em si a sabedoria de Atenas e as expectativas do Ocidente ao sonho romano de uma pax universal; condenou os opressores, elevou a mulher a uma dignidade nova, provocou a erradicação da escravidão…